Segundo o autor do livro Porto Belo: sua gente, sua história, com a liberação definitiva dos escravos pela Lei Áurea em 1888, a maior parte dos antigos escravos permaneceram nas proximidades das propriedades de seus antigos senhores. Os escravos libertados em Porto Belo construíram perto do antigo povoado de Bombas uma casa grande de construção rústica com diversas divisões para servir de morada para várias famílias. Um grande número de escravos vivia na fazenda de Chico Peixoto, perto da “Casa Branca”. A maior parte deles descendida de Zé Criolo, um escravo que serviu, durante muito tempo, de procriador e chegou à idade respeitada de 105 anos. Após a libertação, os ex-escravos e suas famílias continuaram perto da fazenda, formando um núcleo habitacional onde estão até hoje. Eles representam uma significativa parte da população do Sertão de Santa Luzia. Atualmente existem em Santa Catarina, dois remanescentes quilombolas reconhecidos pela Fundação Cultural Palmares, um fica em Praia Grande e o outro, é o Sertão do Valongo, aqui em Porto Belo.